quinta-feira, 30 de abril de 2009

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Era mais uma daquelas noites tediosas em que ela não estava em casa, ele matava o tempo vendo novelas, jornais e programas enlatados da TV aberta, achando tudo uma grande besteira e criando criticas enormes a respeito só em sua mente, ele nunca falava pra ninguém o quanto não gostava de uma coisa, apenas pra ela. Mas ela não estava em casa pra verem novelas, e sofrerem porque a mocinha vai ter o filho do outro e o galã da novela pode descobrir que o filho não é dele, ou pra ver as noticias sobre a nova gripe animal que mata pessoas e fazerem piadas de humor negro, ou ainda pra darem risadas das coisas idiotas que os programas enlatados dizem, ela simplesmente não estava lá.

Ele passava de um canal pra outro enquanto os ecos dos vizinho soavam pelas paredes do apartamento, e que graça tinha ficar analisando os ruídos dele? Pra saber se ou ele era gay e estava dando mais uma das suas festas, orgias, ou se ele era apenas um drogado que ficava fumando maconha na sacada e quando via movimento ia pra dentro de casa empestear os cômodos com aquele cheiro insuportável, se ela não estava pra poderem comentar sobre e rirem ao imaginar as situações.

Nada tinha graça, o apartamento estava todo apagado, a única luz que era emitida era a luz da TV e os ruídos que se escutavam não eram os que ele queria ouvir, não havia sussurros na sala, na cozinha ou no quarto, não havia nada, apenas ele e o nada.

As dores que ele estava sentindo a duas semanas inteiras e eram anuladas com um remédio tão forte que o faziam passar mais mal do que bem, haviam voltado e ele, apesar de saber das conseqüências que isso ia trazer, levantou-se foi até o quarto, pegou o remédio, arrastou-se até a cozinha, geladeira, leite, copo, remédio e depois voltou pra sala, imaginando o quanto ela iria se preocupar que ele tivesse tomado o remédio se soubesse que ele estava de estomago vazio, resolveu omitir o fato. Voltou sua atenção para a TV, mas no mesmo minuto seu pensamento viajou para ela. Era fato que nada tinha graça quando ela não estava, pareceria clichê, mas os clichês têm sempre um fundo de verdade e essa era a verdade pra ele, nada tinha graça sem ela. Os programas de TV não tinham a mesma graça, as musicas não tinham a mesma melodia, dependendo da musica a falta só aumentava, nem ao menos tomar um remédio tinha a mesma graça.

Nesse ínterim o tempo tinha dado uma guinada e ao olhar para o relógio que ficava ao lado da TV, pensou: Afinal... Agora só faltam duas horas pra toda graça voltar a existir. 



segunda-feira, 6 de abril de 2009

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Dizem que quando você chega aos 40, você tem a crise de meia idade. Eu nunca entendi o porquê de se chamar crise da meia idade, já que as pessoas não têm um prazo de validade, digamos. Mas esquecendo meus questionamentos sobre a ‘meia idade’, vem meu questionamentos sobre a crise dos 20, não é por que estou prestes a completar 20 anos que estou me questionando.

Questiono-me todos os anos, quando fiz 18, quando fiz 19. A pergunta que eu sempre faço é afinal, o que eu fiz da minha vida? Aos 19 anos me lembrei muito de Ed Kennedy em Eu sou o Mensageiro se questionando o que ele fez com essa idade e cheguei à mesma resposta que ele: Porra nenhuma. E agora prestes há fazer 20 anos eu me pergunto o que eu fiz da minha vida? E sinceramente acho que a resposta é a mesma do ano passado porra nenhuma, rir, chorar, fazer dois períodos de faculdade conta, mas uma pontuação muito baixa e tirando todas essas coisas, o que eu fiz afinal? Pelo o que estou vivendo? Pelo o que eu vou viver? Quem nunca se questionou a respeito está mentindo, afinal é a eterna pergunta da humanidade. Mas, seria minha sina afinal, nascer, crescer, reproduzir e morrer? E se eu quiser mudar esse sistema, mudar minha vida, será que eu posso? E após todas essas questões só surgem mais perguntas. E você pelo o que está vivendo?




sábado, 4 de abril de 2009

Filosofando sobre minha vida internet lenta.

Ocorreu que depois de certo tempo sem postar resolvi monologar um pouco. Como não tenho conseguido escrever contos decentes desde que meu outro blog foi roubado, resolvi postar qualquer coisa. Só por postar.

Sendo assim filosofarei sobre minha vida internet lenta.

Depois de seis meses morando em outra cidade em que se tinha que dividir o PC com minha tia, sim acredite se quiser com minha tia, resolvi eu comprar um notebook. Pois bem, comprando o notebook eu tive que mudar a internet, já que a que eu usava era muito cara e sobre os constantes cortes que aconteciam minha mãe resolveu er... não pagar mais. Sendo assim contratei o serviço de internet móvel da TIM (merchan), acontece que a cidade ou o buraco onde me criei e vivo, não tem sinal 3G. Sem sinal 3G a internet que era pra ser ADSL acaba por uma velocidade igual ou menor que uma discada. Quem não pegou a época de net discada não sabe o que é isso.

Resumindo minha vida no fim de semana é na velocidade de internet discada. Essa semana é a semana santa, (eu acho) e como minha faculdade é uma faculdade católica estou de folga a semana toda, ou seja minha vida vai andar na velocidade lenta. Entendam, não estou reclamando da folga. Estou reclamando da minha internet e da minha cidade subdesenvolvida que não tem uma torre de transmissão de sinal 3G.

Feriado era sinônimo de baixar series e voltar a acompanhar os acontecimentos perdidos nas outras semanas, até mesmo baixar filmes que planejo ver e não tenho tempo pra ir ao cinema (pirataria rules), com essa internet discada demoro quase duas horas pra baixar um cd que baixava em 15 minutos. Sinceramente é um atraso de vida. Mas eu superarei, vendo sessão da tarde e escutando musicas que eu já enjoei, mas eu vou superar.

Se deus quiser e a preguiça deixar.